Jeff Bezos vai deixar a liderança executiva da Amazon. Lucros da empresa sobem 118%

Amazon, Jeff Bezos
Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon. EPA/MICHAEL REYNOLDS

Gigante tecnológica Amazon irá passar a ser comandada pelo até agora presidente executivo da AWS (Amazon Web Services), Andy Jassy.

A notícia é dada pela AFP e indica que Jeff Bezos, o fundador e líder da Amazon, irá deixar de ser o CEO da empresa já no terceiro trimestre do ano, pelo verão, deixando assim a liderança executiva, mas mantendo-se na empresa.

O substituto de Bezos será Andy Jassy, o homem que lidera uma das áreas mais bem sucedidas (e com maior crescimento) dentro da Amazon, o serviço de cloud AWS (Amazon Web Services).

Ao que tudo indica, Bezos vai assumir uma postura semelhante aquela que os fundadores da Google, Larry Page e Sergey Brin, tomaram em 2019 quando colocaram nas mãos de Sundar Pichai o comando executivo da empresa-mãe Alphabet, além do comando da Google.

Sundar Pichai: de gestor de produto a dono do reino Alphabet e Google

Ao 57 anos, Jeff Bezoes tem também, tal como Elon Musk, interesses no setor espacial. Fundou a Blue Origin em 2000 e nos últimos anos tem investido mais na empresa que espera que seja a primeira a ajudar a criar uma colónia humana na Lua. Em 2013 também comprou o jornal The Washington Post. Até há pouco tempo era considerado o homem mais rico do mundo, tendo sido ultrapassado por Musk já em 2021.

Trimestre de recordes: 100 mil milhões em vendas

A Amazon reportou entretanto um lucro de 7,2 mil milhões de dólares no quarto trimestre de 2020, uma subida de 118% (no mesmo período em 2019 tinha somado 3,3 mil milhões).

Nas receitas também houve recordes no trimestre que apanhou o período de Natal, com a empresa de comércio eletrónico que tem cada vez mais negócio na cloud, a ter um aumento 44% do volume de negócios, para 125,56 mil milhões de dólares, não só bem acima das previsões como muito acima do anterior recordes de receitas – pela primeira vez ultrapassa os 100 mil milhões de dólares.

Mais de 19 mil trabalhadores da Amazon testaram positivo para Covid-19