Preocupação com coronavírus leva Facebook a cancelar evento

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O Facebook anunciou esta sexta-feira que vai cancelar o evento Global Marketing Summit, marcado para o próximo mês, em São Francisco, nos Estados Unidos.

“Por questões de precaução, cancelámos o Global Marketing Summit, devido à evolução dos riscos de saúde pública relacionados com o coronavírus”, indica Anthony Harrison, porta-voz da rede social, ao jornal San Francisco Chronicle, que avançou o cancelamento do evento.

A conferência, marcada para 9 a 12 de março, iria receber cerca de cinco mil pessoas, no Moscone Center. De acordo com a imprensa local, o evento geraria cerca de 11 milhões de dólares para a cidade, entre gastos com hotéis e restauração.

O cancelamento do evento do Facebook acontece na mesma semana em a GSMA anunciou o cancelamento do Mobile World Congress, em Barcelona. Após a retirada de participação de mais de 30 empresas, preocupadas com o risco de contágio no evento, que todos os anos recebe mais de 109 mil pessoas, a organização cedeu à pressão de tecnológicas e operadoras de telecomunicações e anunciou o cancelamento, esta quarta-feira.

Enquanto a cidade de São Francisco poderá perder 11 milhões de dólares com o cancelamento da conferência de marketing do Facebook, as perdas para a cidade espanhola atingem outro patamar de valores. É estimado que o MWC gere 500 milhões de euros para as áreas de restauração e hotelaria.

Embora muitas empresas e entidades refiram que ainda é cedo para fazer previsões sobre o impacto do vírus na economia, alguns analistas traçam já cenários para vários setores, da tecnologia, indústria automóvel e turismo. Esta manhã, a tecnológica Nvidia referiu que espera um impacto de cem milhões de dólares nas receitas deste trimestre do ano fiscal, na sequência do vírus.

O coronavírus, agora chamado de covid, eclodiu na cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei, no final de 2019. Desde então, o vírus já matou mais de 1380 pessoas e os números de infetados já ultrapassaram os 64 mil.

Mobile World Congress. Mais de 30 empresas já anunciaram que não vão participar