Reguladores podem vir a investigar parceria da Google com empresa de saúde

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Foto: REUTERS/Charles Platiau

Depois de ter sido anunciada a parceria com o sistema de saúde Ascension, surgiram as dúvidas sobre a quantidade de registos médicos a que a tecnológica poderá ter acesso. O Wall Street Journal avança que o acordo poderá vir a ser investigado. 

No início desta semana, o jornal Wall Street Journal avançou que a Google poderia estar a alimentar um novo projeto, com o nome Project Nightindale, a partir de um acordo com o sistema de saúde Ascension. O jornal apontava que isto daria acesso a registos médicos e dados de saúde de milhões de pessoas. As dúvidas surgiram pouco depois, focadas na questão da privacidade e no consentimento dos dados. Entretanto, a Google lançou uma publicação sobre os contornos da parceria, garantindo que a portabilidade dos dados era feita ao abrigo do HIPAA (Health Insurance Portability and Accountability Act).

Entretanto, o Wall Street Journal avança que o Departamento de Saúde e Serviços Humanos poderá vir a investigar esta parceria, tendo em conta as dúvidas levantadas. O jornal indica que a investigação estará interessada em “recolher mais informação sobre a coleção de dados e registos médicos dos indivíduos, para garantir que a proteção do HIPAA foram totalmente implementadas”.

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Na publicação feita pela Google, a empresa indicava que “ao abrigo do HIPAA e do acordo comercial assinado, os dados dos pacientes não podem ser usados para outros propósito além do fornecimento de ferramentas ao cliente”. A tecnológica indica ainda que “nas ferramentas são desenhadas para que cada cliente possa usar os dados dos seus próprios pacientes.”

Na mesma publicação, que foi atualizada para incluir uma série de perguntas e respostas sobre os contornos da parceria, a Google reage inclusive à possibilidade de inquéritos federais. “Estamos disponíveis para cooperar em qualquer questão sobre o projeto”, é possível ler na publicação da Google.

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