Portugueses elegem smartphone como a melhor ferramenta de trabalho

Um total de 56,5% portugueses info-incluídos acredita que o smartphone será a principal ferramenta de trabalho no futuro, indica estudo feito já este mês.

O estudo promovido pela Samsung e desenvolvido pela consultora IDC – International Data Corporation -, em setembro de 2018 revelou que 80% dos inquiridos idealizam a realização do trabalho fora do local físico da organização. O estudo realizado a 420 trabalhadores considerados info-incluídos (Info Workers) portugueses concluiu que a maioria dos profissionais acredita que vão existir alterações significativas no modelo de trabalho, o qual estará associado a uma maior mobilidade e flexibilidade do mercado e processos laborais.

No que toca à forma de trabalho atual, 57,8% admite que a sua profissão é realizada num edifício ou escritório da organização e apenas 4,5% revela ter opção de escolha sobre o local onde desempenha as suas tarefas. Percentagens que mudam significativamente quando questionados sobre o modelo de trabalho que consideram ideal no futuro, onde as tarefas realizadas no escritório descem drasticamente para os 12,0% e o trabalho realizado num local escolhido pelo colaborador aumenta na mesma proporção para 34,1%. Reforçando este pensamento, 62,8% também acredita que o ideal seria ter a flexibilidade para gerir o seu próprio horário de trabalho.

Esta tendência prende-se essencialmente com a atual utilização massiva de dispositivos móveis no contexto profissional, sendo os PC portáteis e os smartphones os grandes dominadores de utilização, com 78% e 74%, respetivamente. Mais de metade dos profissionais reconhece que o smartphone no âmbito laboral tem impacto na sua produtividade (59,9%), permite uma maior colaboração com colegas, clientes e parceiros (68,2%) e maior flexibilidade laboral (67,5%).

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De acordo com Gabriel Coimbra, Group Vice President & Country Manager, IDC Portugal, “a tecnologia está a mudar radicalmente a forma como trabalhamos”.

“Pressionadas pelas novas gerações que entram no mercado de trabalho, muitas organizações portuguesas já estão a criar novas condições que têm como base maior flexibilidade de horário e dos locais onde podemos trabalhar. Neste recente estudo realizado em Portugal pela IDC fica claro esta mudança de paradigma, mais de 80% idealiza a realização do trabalho fora do local físico tradicional da organização, assim como mais de 50% acredita que o smartphone será principal ferramenta de trabalho que permitirá esta maior flexibilidade na forma como trabalhamos.”

Além do acesso ao e-mail (94,2% das escolhas) e da necessidade de uma bateria que dure o dia inteiro (33,3%), a utilização da câmara fotográfica para acelerar processos de negócio (19%) apresenta-se como uma das funcionalidades com maior impacto na produtividade.
Quando questionados sobre a utilização atual destes equipamentos e a que pensam vir a fazer no futuro, verifica-se que a escolha de PC híbridos, tablets e smartphones continua a aumentar, em detrimento dos PC Desktop e PC Portáteis, cuja utilização se prevê diminuir em 13% e 23%, respetivamente.

Uma tendência que se mantém semelhante na utilização pessoal dos dispositivos, possivelmente devido à mobilidade e portabilidade inerente aos smartphones que, de acordo com 78,1% dos inquiridos, permitem uma melhor gestão do tempo pessoal e, de acordo com 80,8%, uma melhor gestão do tempo profissional.

Ao nível das funcionalidades e características mais valorizadas num smartphone, as principais escolhas recaíram sobre a autonomia da bateria (97,1%), a facilidade de utilização (92,4%), um sistema de segurança robusto (89,5%), velocidade de processamento (88,4%), a capacidade de armazenamento (82,3%) e a qualidade da imagem (81,3%). A disponibilização de uma caneta para notas ou desenho é uma característica que ganha importância para 14,54% dos inquiridos.