Toyota investe mais de 530 milhões de euros na chinesa Didi

Didi
Foto: REUTERS/Kim Kyung-Hoon

A construtora automóvel vai trabalhar com a Didi para fornecer serviços como aluguer e manutenção de veículos.

A japonesa Toyota Motor Corp vai investir 600 milhões de dólares, mais de 538 milhões de euros (no câmbio atual) na plataforma chinesa de transporte privado Didi Chuxing, conhecida como a Uber chinesa. No âmbito do acordo alcançado, a construtora automóvel japonesa vai ajudar a firma chinesa a gerir a frota automóvel.

A Toyota vai trabalhar com a Didi para fornecer também serviços, incluindo manutenção e aluguer de veículos automóveis, de acordo com a agência Bloomberg. Em comunicado, citado pela agência, as duas companhias indicaram ainda que a gigante japonesa vai usar a sua tecnologia de carros conectados e análise inteligente para ajudar a impulsionar o negócio da Didi.

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O investimento da fabricante automóvel na plataforma de transporte privado tem lugar numa altura em que a chinesa enfrenta vários desafios. Por um lado, os cortes impostos pelas autoridades locais prejudicaram o seu fornecimento de automóveis. Por outro, o assassinato de duas mulheres levantou receios em torno do negócio, levando mesmo a empresa a lançar uma reestruturação interna, devido à crescente pressão do público e das autoridades chinesas, que exigiram que a empresa retificasse os seus padrões operacionais.

No total, o Didi investiu mais de 200 milhões de euros para melhorar o sistema de segurança, treino do seu pessoal e dos motoristas e atendimento ao cliente. Além disso, no início deste mês, empresa revelou ao mercado que excluiu 306 mil motoristas, quase 1% do total, devido a questões envolvendo verificação das identidades ou carta de condução.

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Perante os desafios que a empresa tem enfrentado, alguns dos seus investidores tem questionado se a empresa alguma vez vai chegar aos lucros, escreve a Bloomberg. Ainda assim, nos planos da empresa está uma expansão para a América Latina. Em agosto de 2016, a Uber comunicou ao mercado a venda da sua operação na China à concorrente Didi, que ficou com o controlo total do mercado do país.

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