Vodafone Portugal coloca primeira antena 5G do país em… casa

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Rede de testes da empresa será usada por algumas empresas, universidades e startups. Primeira antena fica na sede da Vodafone Portugal, no Parque das Nações.

É oficial, já há antenas 5G em Portugal. A Vodafone Portugal colocou esta quinta-feira ‘no ar’ a primeira antena país, localizada no seu edifício-sede, em Lisboa. A rede 5G da Vodafone fica desde já disponível para que todas as empresas, universidades e startups que integram o centro de inovação Vodafone 5G Hub possam testar os seus projetos.

Foi há três meses que a Vodafone diz ter realizado a primeira ligação 5G em Portugal, com o protótipo de um smartphone 5G. Agora, a empresa indica que , dá mais um significativo passo no percurso que tem vindo a desenvolver na preparação do lançamento comercial da quinta geração móvel. “Acreditamos que os projetos que se desenvolvam no nosso laboratório de inovação a partir da rede 5G vão contribuir para ficarmos a conhecer ainda melhor a tecnologia e, assim, explorar de uma forma muito mais concreta a sua utilização futura”, indica em comunicado Pedro Santos, responsável pelo Vodafone 5G Hub.

“Com a instalação desta primeira antena 5G, a Vodafone Portugal materializa mais um dos seus compromissos constantes: potenciar a inovação, facultando, de forma aberta à sociedade e em prol do desenvolvimento e competitividade do País, tecnologia de ponta para que se criem projetos, investigações, produtos, serviços e modelos de negócio assentes na rede móvel do futuro”, explica João Nascimento, CTO da Vodafone Portugal.

A Vodafone realça ainda a disponibilidade demonstrada pela Anacom em responder positivamente ao pedido de utilização temporária de espectro na faixa dos 3,6GHz, para que sejam testadas em ambiente real todas as possibilidades que esta tecnologia vai trazer.

Com a instalação da primeira antena 5G, colocada ‘no ar’ com a Ericsson – parceiro estratégico da Vodafone Portugal para o desenvolvimento do 5G –, serão assim disponibilizadas as tecnologias Massive MIMO e ‘beam forming’, duas das inovações que suportarão a próxima geração de comunicações móveis. Estas características permitem que a rede seja distribuída de forma muito mais seletiva e direcionada, maximizando a capacidade de propagação, diminuindo interferências e permitindo tirar o máximo partido do espectro disponível.

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A Vodafone escapa assim às pressões norte-americanas, para que os operadores portugueses (e europeus em geral) não tenham infraestrutura de 5G de empresas chinesas, nomeadamente da Huawei. Em Portugal, é a Altice que tem um acordo de cooperação assinado para o 5G com a Huawei, que foi alvo de críticas por autoridades americanas que vieram ao país recentemente. No entanto, o governo não tem valorizado essas suspeitas.

António Costa indicou há poucos dias que, “até este momento, quer a Anacom [Autoridade Nacional de Comunicações], quer o Centro Nacional de Cibersegurança não deram qualquer indicação de que houvesse um risco diferenciado” por parte da Huawei. Por isso, “não devemos ficar para trás nesta corrida relativamente à infraestrutura tecnológica, a não ser que haja razões ponderosas que o imponham”, vincou.

Até ao final do ano, a Vodafone Portugal instalará mais antenas 5G entre Lisboa e Porto, como a já anteriormente anunciada na Universidade do Porto.

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