Conheça o jovem cego que é uma ‘máquina’ a jogar Call of Duty

Tem 19 anos, vive nos EUA e é no YouTube que tem partilhado os seus momentos de jogo. Não joga só Call of Duty, também gosta de jogar Diablo III.

Call of Duty: World War II é um dos jogos de tiros online mais competitivos da atualidade. Os mais de 7.500 tiros mortíferos que um jogador, conhecido como TJ, já atingiu, seria por si só um feito digno de louvor e que não está ao alcance da maioria dos jogadores. Mas o número ganha outro relevo: TJ tem 19 anos e é cego.

A história de TJ, natural do estado do Utah, nos EUA, ganhou esta semana eco na imprensa internacional. A publicação Kotaku falou com o jovem que diz usar as dicas sonoras incluídas no jogo para conseguir orientar-se e saber onde estão os inimigos.

O norte-americano tem outra ajuda preciosa: já era um jogador assíduo de Call of Duty antes de perder por completo a visão. Começou a jogar aos oito anos e mesmo quando já só conseguia ver de um olho e com a ajuda de óculos, continuou a aventurar-se na ‘chuva de tiros’ desta franquia.

Leia também | Guia sobre eSports, o fenómeno que está a gerar novos milionários

Quando o jogo Call of Duty Black Ops III foi lançado, em 2015, já TJ estava cego, mas isso não o fez parar. “Quando perdi a minha visão e tentei voltar a jogar Call of Duty foi muito difícil, pois não estava habituado a usar tanto uns auscultadores por não ter visão”, confidenciou.

Agora tem um objetivo: conseguir eliminar 10 mil adversários nas competições online de Call of Duty. No YouTube, o jovem de 19 anos tem partilhado essa sua caminhada, fazendo transmissões em direto dos seus jogos, mas também partilhando vídeos nos quais fala sobre a sua condição e sobre os truques que usa para conseguir eliminar os adversários.

Aos poucos têm sido dados passos para tornar os jogos mais inclusivos, explicou TJ, como o facto da Activision ter criado uma ferramenta do jogo Call of Duty para a assistente de voz Alexa. Desta forma os jogadores podem pedir às suas colunas inteligentes informações como as estatísticas de cada partida.

Apesar de se divertir no jogo, TJ deixou um pedido à editora responsável pelo título: gostava que mais elementos em Call of Duty tivessem sons associados, para que seja mais fácil para os jogadores cegos atingirem determinados objetivos dentro do jogo.