Com os modelos mais recentes da Huawei sem acesso aos serviços da Google, a tecnológica deixou alguns conselhos de segurança a quem pretenda instalar aplicações nos equipamentos.
Sem acesso aos serviços da Google, nomeadamente através da Play Store, os donos de modelos como o Mate 30 da Huawei instalam as aplicações de outra forma. A Google está preocupada com os riscos de segurança desse tipo de práticas, especialmente se os utilizadores não estiverem totalmente seguros sobre a legitimidade das aplicações a instalar.
Numa publicação na área de suporte, a Google responde a um conjunto de questões dos utilizadores sobre a ausência de serviços da tecnológica em alguns modelos da Huawei. A empresa começa por dar algum contexto, indicando que “as ordens governamentais proíbem as empresas americanas, incluindo a Google, de colaborar com a Huawei”. “Isto significa que a Google está impedida de trabalhar com a Huawei em novos modelos ou disponibilizar aplicações como o Gmail, Maps, YouTube, a Play Store e outras de serem pré-carregadas ou descarregadas para os dispositivos”, é possível ler na publicação.
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A Google indica que os modelos da Huawei disponibilizados ao público depois de 16 de maio de 2019 não podem ser incluindo na lista de modelos a certificar, estando impedidos de usar os serviços da tecnológica. Assim, a Google aconselha os utilizadores cujos equipamentos estejam enquadrados nesta situação a ter atenção redobrada na altura de instalar o que quer que seja no telefone.
“Sideloading [instalar de forma manual os ficheiros de apps] as aplicações da Google pode ser um alto risco se se estiver a instalar uma aplicação que tenha sido alterada ou comprometida de alguma forma que possa pôr em risco a segurança dos utilizadores”, indica a empresa.
À BBC, o analista da firma CCS Insight, Ben Wood, indica que esta prática de instalar aplicações em equipamentos da Huawei é arriscada, podendo ter sérias implicações para a segurança dos dispositivos. “Haverá scammers que encontrarão nas dificuldades da Huawei uma oportunidade para introduzir código malicioso nos telefones das pessoas”, avisa Ben Wood.
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