Um malware desenvolvido por uma empresa israelita terá poder para conseguir aceder a dados de utilizadores armazenados em contas da Google, Facebook, Apple ou Amazon, avança o Financial Times.
De acordo com a notícia avançada pelo FT, o malware desenvolvido pela NSO Group poderá recolher dados dos utilizadores em diversas contas cloud. Neste bolo, incluem-se informações como mensagens, localizações, fotografias, vídeos e muito mais. O FT terá tido acesso a uma fonte que teve oportunidade de assistir a uma apresentação de vendas da empresa.
A NSO Group é a mesma empresa que desenvolveu o malware Pegasus, usado para retirar dados privados de smartphones.
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Segundo o jornal britânico The Independent, não se trata apenas do acesso aos dados dos utilizadores mas também de sérias implicações para o negócio das grandes tecnológicas. A Amazon indica que não encontrou provas de que este software esteja presente nos seus sistemas. Por seu turno, o Facebook indica estar a “avaliar estas indicações”.
As preocupações não estão ligadas apenas a possíveis smartphones infetados com este malware. São cada vez mais os utilizadores que recorrem à cloud para armazenar dados e libertar algum espaço dos smartphones e também para garantir que os ficheiros estão disponíveis e acessíveis a partir de qualquer dispositivo. É essa uma das grandes preocupações – que o malware possa dar acesso a informação além daquela que está no smartphone, alerta o FT.
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Entretanto, a NSO nega que tenha criado um software com este tipo de características de vigilância. Um porta-voz, citado pelo The Independent, indica que “não disponibilizam ou vendem qualquer tipo de solução de hacking ou capacidade para recolha de dados em massa de aplicações cloud, serviços ou infraestrutura”.