Decisão final será sempre da presidência do país. Programa tem vindo a perder força desde as denúncias feitas por Edward Snowden em 2013.
A Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) recomenda à presidência do país acabar com o mega-programa de vigilância que recolhe informações sobre chamadas e mensagens feitos nos EUA. A NSA considera que os entraves legais e a logística do programa não justificam os ganhos que traz ao nível de recolha de informação de segurança.
A notícia é avançada pelo The Wall Street Journal e, a confirmar-se, representa uma mudança drástica no posicionamento da agência relativamente ao programa, tendo em conta que no passado foi considerado como uma peça chave na estratégia de segurança interna do país, sobretudo na área do terrorismo.
O jornal escreve ainda que são os responsáveis máximos da segurança interna aqueles que estão mais inclinados a terminar com o programa de espionagem. Escreve o WSJ que por causa das implicações legais, o programa de vigilância está parado desde o início de 2019 e só tem permissão para continuar a funcionar até dezembro, altura em que terá de ter a permissão renovada.
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Apesar da vontade da NSA, a decisão final vai sempre pertencer à Casa Branca e ainda não há uma decisão final sobre o tema.
Este programa de vigilância da NSA foi criado após o 11 de setembro de 2001 e manteve-se secreto durante anos, até ter sido denunciado por Edward Snowden em 2013, o que provocou uma crise de confiança não só relativamente aos EUA, mas também às grandes tecnológicas norte-americanas.
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