Encontrámos um smartphone que custa 10.000 dólares

É extravagante, robusto e muito, muito caro. A marca chinesa Hanmac está no Mobile World Congress à procura de clientes muito específicos.

O Mobile World Congress, o maior evento do mundo no segmento dos dispositivos móveis, consegue ser bipolar: ora é entusiasmante pelos novos conceitos que apresenta, ora é aborrecido, pois a esmagadora maioria dos smartphones são quase iguais entre si.

Mas depois existem marcas como a Hanmac, que acabam por estar no meio deste ‘drama’. A empresa, de origem chinesa, está totalmente focada no desenvolvimento e produção de smartphones luxuosos. Aliás, foi a extravagância estética dos equipamentos que captou a nossa atenção.

Em termos de design, os smartphones da Hanmac são diferentes daquilo que se encontra no resto da feira por causa dos apontamentos feitos em cobre, ouro, aço inoxidável e outros materiais premium. Os clientes podem personalizar as gravuras que existem nos equipamentos, mas, claro, isso tem um preço.

O smartphone que vê no início da galeria, uma versão personalizada, custa uns estratosféricos 10.000 dólares, o equivalente a 8.800 euros. Já os outros dois equipamentos mais ‘discretos’ custam 2.500 dólares, cerca de 2.200 euros.

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Perante preços destes, o público-alvo da marca acaba por ser muito específico: leia-se, pessoas ricas de países como Emirados Árabes Unidos, Índia, Brasil e China, segundo nos contou uma representante da marca.

Já em termos de especificações, os Hanmac são relativamente ‘normais’, apresentando-se ainda com apenas uma câmara traseira e com ecrãs relativamente pequenos para os padrões atuais. As versões mais recentes já estão equipadas com Android 9.0 – ainda que não nos tenha sido possível testar o interface e a experiência de utilização -, o que pelo menos passa a imagem de uma marca que está preocupada em ter as soluções mais recentes.

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Enquanto equipamentos, os Hanmac são muito pesados por causa dos metais luxuosos e também são bastante robustos. Apesar do ADN chinês, a Hanmac diz que os seus equipamentos são todos desenhados num estúdio em França.

E há clientes para estes produtos? Aparentemente sim. Enquanto mexíamos nos equipamentos, nas mesas ao lado decorriam reuniões que pareciam saídas de um filme de espiões: os smartphones são mostrados aos clientes dentro de malas robustas e com proteção, quase como se de joias se tratassem.

Se no Mobile World Congress a Hanmac está sozinha a explorar o ultra-mega-premium, há outras marcas no mundo que também lutam por este mercado: casos da Vertu e da Caviar.

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