Tatiana Antunes desenvolveu o material para a tese de mestrado em engenharia de materiais. “É uma solução totalmente nova”, diz.
É um material 100% biodegradável e que tem na sua base resíduos de cortiça. Usando este filamento é possível depois imprimir objetos que têm a mesma sensação, cheiro e cor que todos associam à cortiça.
O filamento foi criado por Tatiana Antunes, aluna da Universidade da Aveiro. Os resíduos de cortiça usados têm origem no desperdicio da cortiça usada para o fabrico de rolhas, ganhando assim toda uma nova vida enquanto material.
“Um filamento compósito que foi desenvolvido recorrendo a uma matriz plástica biodegradável e que incorpora partículas de cortiça que são parte de um resíduo resultante do processo de fabrico de rolhas”, explica a jovem em comunicado.
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“Temos, assim, um filamento para impressão 3D, com personalidade e amigo do ambiente que pode ser usado para as mais diversas impressões, pois permite a impressão de objetos com uma excelente estética e qualidade, com uma cor característica associada”, acrescenta.
O projeto foi desenvolvido na Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) e no Departamento de Engenharia de Materiais e Cerâmica da UA, com a orientação de Martinho Oliveira e Elisabete Costa. O trabalho contou também com o acompanhamento da investigadora Sara Silva, da ESAN, e da Amorim Cork Composites.
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