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Estivemos com o prémio Nobel da Física, o francês, Gérard Mourou que passou esta semana pelo Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa. 

É uma autoridade no que diz respeito à área de Física de Lasers, especialmente nas aplicações práticas que têm em áreas transversais de investigação, incluindo Química, Biologia e Medicina. Gérard Mourou, professor francês na Escola Politécnica de Palaiseau (França), foi um dos galardoados o ano passado com o prémio Nobel da Física.

Aos 75 anos, o especialista que começou na área ainda nos anos 1960, foi distinguido por criar verdadeiras ferramentas feitas de luz. Graças a dois grupos de investigação, tornou-se possível manusear objetos muito pequenos, mas também realizar ações muito minuciosas, ver pormenores do tamanho de átomos e fazer tudo isto de uma forma rápida e bastante precisa.

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Mourou foi mesmo quem teve a ideia de como juntar o melhor de dois mundos, os chamados impulsos curtos, com energia muito elevada. O francês que trabalhou três décadas nos EUA, recorreu a técnicas usadas pelos radares e outros aparelhos para pegar num impulso curto, esticá-lo no tempo, amplificá-lo e comprimi-lo, como é indicado no site do Nobel.

O especialista indica-nos no vídeo que, na aplicação na sociedade, os lasers que criaram já ajudaram milhões de pacientes com problemas de visão, em operações não invasivas.

A outra aplicação onde há um potencial ilimitado é produzir partículas, que podem ser aceleradas pelo laser, para a transformação de desperdício nuclear. Ou seja, desta forma, poderá ser possível em breve tornar cada vez mais seguro e prático o usa da energia nuclear em cada vez mais aplicações.

Vamos publicar nos próximos dias a entrevista completa com o investigadores francês galardoado, onde Mourou elogia o Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN) do Instituto Superior Técnico, em Lisboa.

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