Apple quer reforçar a produção de iPhone na Índia

iPhone Xs
Foto: REUTERS/Edgar Su

A Apple quererá reduzir as montagens dos seus telefones na China, estando a ponderar um reforço uma mudança da produção para o mercado indiano. Uma alteração que se traduz num investimento de milhões e na criação de 25 mil postos de trabalho.

A notícia é avançada pela agência Reuters, que cita pessoas com conhecimentos privilegiados do negócio. Através da Foxconn, a Apple tem atualmente as linhas de montagem dos seus iPhone de topo, como o iPhone XS ou o XS Max, na China, enquanto a Índia assegura a montagem dos modelos mais baratos da Apple, como o iPhone SE.

No próximo ano, a Foxconn passará a investir mais na Índia: a Reuters avança valores na ordem os 356 milhões de dólares e a possibilidade de criação de mais de 25 mil postos de trabalho no mercado indiano.

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A Foxconn é a responsável pela montagem dos iPhone. Passando muita desta produção dos iPhone mais recentes para o mercado indiano, a Foxconn (e, indiretamente, a Apple) reduz a presença na China. Desde 2007, altura do lançamento do primeiro iPhone, que a Foxconn tem na China o país de montagem dos smartphones da Apple.

A escolha da Índia não é propriamente inocente para a Foxconn e para a Apple: passando a produção dos seus modelos mais caros para a Índia será uma forma de conseguir minimizar possíveis aumentos de custos da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. Não é a primeira vez que a Foxconn reconhece que esta guerra comercial representa uma dos maiores desafios para o negócio da empresa de Taiwan.

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Por outro lado, esta mudança poderá representar também uma tentativa de a Apple conseguir chegar ao mercado indiano. Os impostos dos produtos importados são demasiado elevados e acabam por aumentar o preço dos iPhone no mercado indiano – o que explica que a Apple tenha vendas modestas neste mercado.

Estes trabalhos de montagem dos iPhone topo de gama estarão escalados para arrancar já em 2019, com a produção a ser feita na fábrica de Sriperumbudur, refere a Reuters.

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