Apple “sem provas” de que vulnerabilidade no iPhone foi explorada

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EPA/ARMANDO BABANI

Depois de uma empresa de segurança norte-americana revelar que uma vulnerabilidade crítica estava ativa há oito anos no iPhone e iPad, através da aplicação Mail, a Apple vem a público indicar que “não foram encontradas provas” de que a falha tenha sido usada contra os clientes da empresa.

Na quarta-feira, a empresa ZecOps, sediada em São Francisco, detalhou que tinha encontrado uma falha na aplicação de email dos dispositivos da Apple, que deixava vulneráveis milhares de milhões de equipamentos da Apple. A empresa dava ainda conta de que esta falha já teria sido explorada “pelo menos seis vezes”.

A Apple, que entretanto já reconheceu a existência da vulnerabilidade e que promete uma atualização, refere que “não encontrou provas” de que esta falha tenha sido explorada por hackers e usada contra os clientes da empresa, segundo avança a Reuters. A tecnológica indica ainda que esta vulnerabilidade “não representa um risco imediato para os utilizadores”.

“Investigámos atentamente o relatório de segurança e, baseado na informação disponibilizada, chegámos à conclusão de que estas questões não representam um risco imediato para os nossos utilizadores. O investigador identificou três questões na [aplicação] Mail, que por si só não são suficientes para contornar a segurança do iPhone e iPad e não encontrámos provas de que foi usada contra os nossos clientes”, indica a Apple, em comunicado.

A investigação feita pela empresa ZecOps relatava que a vulnerabilidade foi “explorada pelo menos seis vezes”, com vários alvos diferentes, desde celebridades até executivos de empresas, em países diferentes.

O analista principal da ZecOps indicava que os ataques eram feitos através do envio de um email aparentemente em branco para os utilizadores, que levava a um encerramento inesperado do aplicação Mail. Seria este erro que permitiria aos hackers entrar no dispositivo e ter acesso a dados dos utilizadores, como fotografias ou contactos.

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