O anúncio foi feito esta semana pelo Facebook: a rede social está disposta a pagar a quem encontrar vulnerabilidades e falhas de segurança nas aplicações e serviços de terceiros que usam dados dos utilizadores do Facebook.
Há vários serviços que utilizam os dados do Facebook para permitir aos utilizadores ‘saltarem’ o passo de registo nos serviços – são exemplos o Spotify, Pinterest, Airbnb e muito mais. Ainda nas ondas de choque do caso Cambridge Analytica, o Facebook lança agora a sua primeira edição do programa de ‘caça ao erro’ dedicada especificamente a apps externas.
Leia também | A sua impressora pode valer mais de 8 mil euros
A ideia é que possam ser os próprios utilizadores a avisarem quando encontram um erro ou uma falha de segurança neste tipo de aplicações externas ao Facebook. A rede social estará disposta a pagar pelo menos 500 dólares (cerca de 427 euros) por vulnerabilidade descoberta em aplicações ou sites.
O Facebook já tinha um programa de ‘Bug Bounty’, dedicado especificamente à procura de erros do género dentro da rede social. Ainda assim, esta é a primeira vez que a empresa de Zuckerberg vai alargar o programa às apps e sites de entidades externas, com os quais partilha informações dos utilizadores.
Leia também | É isto que o Facebook o proíbe de fazer
Este ano, o Facebook já esteve debaixo de fogo justamente devido ao acesso que aplicações externas têm à informação dos utilizadores, com o caso da Cambridge Analytica. Na altura, foi revelado que a Cambridge Analytica teria tido acesso a dados dos utilizadores da rede social, através de uma aplicação de quiz. Mais tarde, estes dados teriam sido fornecidos à campanha de Donald Trump, em 2016. Estes dados terão sido utilizados para influenciar as eleições norte-americanas.
Depois de toda a polémica, que resultou na falência da Cambridge Analytica e encerramento dos escritórios, Mark Zuckerberg teve de prestar esclarecimentos perante o Congresso dos Estados Unidos e também foi ouvido no Parlamento Europeu.
Leia também | Zuckerberg posto à prova: Facebook só ‘censura’ quem incite à violência