Huawei com receitas globais de 123 mil milhões em 2019

Huawei, smartphone
EPA/ALEX PLAVEVSKI

As receitas da fabricante chinesa cresceram 19% em 2019, apesar do bloqueio comercial decretado pelos Estados Unidos.

Em ano de bloqueio comercial decretado pelos Estados Unidos, que levaram a Huawei a figurar na ‘lista negra’ de empresas chinesas, a fabricante conseguiu aumentar as receitas globais em 19%, encerrando 2019 com valores na ordem dos 122,9 mil milhões de dólares. O lucro líquido aumentou 5,6%, em comparação com 2018, para os nove mil milhões de dólares.

A nota de resultados financeiros da companhia dá conta de um crescimento em todas as áreas de negócio, com destaque para a área de consumo. Neste segmento, que compreende a venda de portáteis, telefones, ecrãs inteligentes, wearables e telefones, a receita da vendas de produtos cresceu 34% em relação a 2018, totalizando vendas de 66,9 mil milhões de dólares. Na área dos smartphones, as vendas totais atingiram os 240 milhões de unidades. No ano passado, a área de consumo da Huawei representou mais de metade das receitas anuais (54,4%).

Relativamente à unidade de negócio de carrier (o negócio com as operadoras de telecomunicações), a Huawei aponta receitas de vendas de 42,5 mil milhões de dólares em 2019, mais 3,8% do que em 2018. A empresa refere que “liderou o lançamento comercial de redes 5G”, num ano em que aumentou a pressão dos Estados Unidos para que vários países excluíssem a Huawei da infraestrutura de redes 5G. Esta área de negócio representou uma fatia de 34,5% das receitas globais da Huawei no ano passado.

Neste momento, a Huawei indica ter mais de 90 contratos a nível global para a infraestrutura 5G, sendo que deste número total 47 contratos dizem respeito ao mercado europeu. Ainda assim, a empresa deixa a nota de que o dinamismo deste mercado poderá trazer alterações a estes valores.

Na área empresarial, segmento que valeu 10,4% das receitas da fabricante no ano passado, a Huawei viu as receitas cresceram 8,6% em relação ao ano passado. Esta área gerou 12,8 mil milhões de dólares de receitas em 2019.

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No ano passado, o mercado da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) representou a segunda maior fonte de receita para a Huawei. Apesar de um crescimento ligeiro em comparação com 2018 (0,7%), a região EMEA valeu 24% das receitas da Huawei. Em 2019, esta região geográfica gerou 29 mil milhões de dólares em receitas.

A China, mercado de origem da Huawei, continua a ser o mercado mais forte para a tecnológica. No ano passado, as receitas desta região valiam 59% das receitas totais da empresa. As receitas na China cresceram mais de 36% em 2019, para os 71 mil milhões de dólares.

“2019 foi um ano extraordinário para a Huawei “, disse Eric Xurotating chairman da empresa, durante a apresentação de resultados, indicando que “apesar da enorme pressão externa, a nossa equipa avançou e manteve o foco na criação de valor para os nossos clientes. Trabalhámos arduamente para conquistar o seu respeito e confiança, bem como dos nossos parceiros em todo o mundo. Os negócios da Huawei continuam sólidos “.

Já em relação a 2020, com o mundo a atravessar uma pandemia global, a Huawei deixa já avisos sobre um ano “que representará um grande desafio” para o negócio da empresa. Além da presença na lista de restrições comerciais dos Estados Unidos, a pandemia causou disrupção no principal mercado da empresa, a China, e também na Europa, a segunda maior fonte de receitas para a empresa.

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