Huawei perto de vender negócio de cabos submarinos. Portugal pode ser incluído

Huawei China
Foto: REUTERS/Soe Zeya

Tecnológica deverá vender 51% da subsidiária Huawei Marine a outra empresa chinesa. Valor do negócio não foi revelado.

A Huawei estará perto de vender uma parte maioritária da Huawei Marine, subsidiária da empresa responsável pela instalação de cabos submarinos e que fazem parte da infraestrutura básica que assegura o funcionamento da internet a nível global. A informação é avançada pela Reuters e tem como base um relatório de contas entregue pela Hengtong Optic-Electric, a empresa que fez a proposta.

Segundo a Reuters, a Hengtong Optic-Electric já assinou uma carta de intenção para comprar uma posição de 51% na Huawei Marine. O negócio seria concretizado com parte do pagamento a ser feito em dinheiro, parte em ações, mas não se sabe qual o valor da proposta da Hengtong.

Portugal pode ser incluído neste negócio, no sentido em que parte da infraestrutura de cabos submarinos da Huawei Marine tem ligação a Portugal. Um deles é o WACS, um cabo submarino de fibra óptica que liga a África Austral, a África Ocidental e a Europa, sendo que no caso português o ponto de contacto é no Seixal.

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No mercado português a Huawei tem ainda o FCCS, um cabo submarino que liga as ilhas Flores, Corvo, Graciosa e Faial, no arquipélago dos Açores. Ainda em fase de desenvolvimento estão outros dois cabos submarinos, um que vai ligar o Pico a Santa Maria e outro que liga a Terceira a São Miguel. Contactada pela Insider, a Huawei diz que não tem comentários a fazer sobre este tema.

A potencial venda da Huawei Marine acontece numa altura em que a empresa-mãe está sob forte escrutínio por causa dos seus equipamentos para infraestruturas de telecomunicações e das implicações que isso pode ter na segurança nacional de vários países.

A Huawei Marine tem 90 projetos a nível global e é responsável por mais de 50 mil quilómetros de cabos submarinos.

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