O protótipo que promete revolucionar os voos usa células com centenas de pedaços minúsculos que se deformam para controlar melhor as manobras do avião.
Uma equipa de engenheiros da NASA e do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) construiu e já testou uma nova asa radicalmente diferente do que se usa atualmente nas aeronaves, criada a partir de centenas de pequenas peças idênticas. São elas que, ao mudarem de forma durante o voo, permitem controlar as manobras da aeronave e tornam o processo de fabrico e a manutenção das asas muito mais eficiente, de acordo com os investigadores.
As novas asas, em vez de terem partes móveis separadas para controlar a rotação e a inclinação do plano, como acontece com as asas convencionais, conseguem deformar-se em certas partes da asa, incorporando uma mistura de componentes rígidos e flexíveis na sua estrutura. Estes pequenos subconjuntos, que são aparafusados para formar uma estrutura aberta e leve, são cobertos com uma camada fina de material de polímero (com alguma elasticidade) semelhante à estrutura.
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O resultado final é uma asa que é muito mais leve e, assim, permite ser mais eficiente poupando energia, já que usa a tal estrutura composta de milhares de pequenos triângulos que formam uma mecânica que combina a rigidez estrutural de um polímero semelhante a borracha e a extrema leveza e baixa densidade de um aerogel, indicam os investigadores que criaram as novas asas. A nova abordagem para a construção de asas poderá permitir uma maior flexibilidade na planificação e processo de fabrico das futuras aeronaves, e já foi testada num túnel de vento da NASA.
“Podemos ganhar eficiência, combinando a forma das asas com cargas em diferentes ângulos de ataque”, diz Nicholas Cramer, responsável da NASA e autor principal do artigo publicado na revista Smart Materials and Structures. Uma das vantagens previstas será facilitar o fabrico das asas por robôs, de forma mais rápida e eficiente.
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