A tecnológica apresentou uma nova plataforma, direcionada para equipas de data science. Anúncio foi feito durante o evento Oracle OpenWorld.
A Oracle anunciou um novo serviço que será acrescentado ao portefólio da empresa: a Oracle Cloud Data Science Platform, uma plataforma que permitirá criar, desenvolver e implementar modelos de dados, de forma colaborativa, dentro das empresas. O anúncio foi feito por Steve Daheb, senior vice-presidente de corporate communications, no primeiro dia do evento Oracle OpenWorld, que arrancou esta quarta-feira, em Londres.
No centro desta plataforma estará o objetivo de as empresas conseguirem explorar a área dos dados, com um foco nas possibilidades de colaboração. A empresa de serviços de tecnologia de informação defende que as capacidades colaborativas entre data scientists serão um fator diferencial neste produto, num mercado que está cada vez mais movimentado nas soluções focadas em dados.
“Ao contrário de outros produtos de data science que estão focados nos data scientists a nível individual”, a plataforma “ajuda a aumentar a eficácia das equipas de data science com capacidades como projetos partilhados, catálogos de modelos, políticas de segurança enquanto equipa, reprodução e auditabilidade”, explica a empresa.
A plataforma assentará na infraestrutura para data science desenvolvida pela Oracle. Entre alguns dos exemplos dados sobre as possibilidades deste lançamento, contam-se a partilha de projetos entre os vários membros da equipa ou aceder a catálogos que já incluem modelos pré-desenvolvidos e as indicações para modificação ou implementação dos mesmos.
Outro ponto de destaque desta solução é a de inclusão de funcionalidades que permitem que as empresas consigam ter um registo de todos os trabalhos e modelos feitos em equipa. Isto trará duas vantagens para mais tarde: a possibilidade de os modelos serem auditados e reproduzidos, mesmo que algum dos membros da equipa saiam da estrutura.
Tecnologias emergentes alavancam negócios
Ao longo das várias sessões do evento virado para o mercado europeu, a empresa quis mostrar como é que o uso de novas tecnologias nas organizações pode traduzir-se em receitas. Além de vários casos de clientes que implementaram soluções tecnológicas emergentes, desde o setor do café – como a italiana Illy – até ao setor das telecomunicações, como o caso da operadora brasileira Sky, a Oracle apresentou um novo estudo, com conclusões mais concretas.
Feito em várias regiões, o propósito do estudo é o de perceber que benefícios concretos tiram as organizações da tecnologia. No estudo Emerging Technologies: The competitive edge for finance and operations, a empresa avança que as organizações que recorrem a tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, conseguem aumentar os lucros 80% mais rápido.
A amostra diz respeito a 700 diretores financeiros e diretores de operações em 13 países. Foram apenas inquiridas as empresas que já ultrapassaram a fase crítica da adoção de novas tecnologias, estando já em posição para tirar conclusões sobre resultados.
Além dos aumentos de lucros, o estudo nota mudanças em várias áreas das organizações. Nos departamentos financeiros, por exemplos, os erros caíram em média 37%, nota a Oracle. Já na área da produtividade, os assistentes digitais incluídos nas soluções tecnológicas aumentaram os níveis de produtividade em 36%. Especificando por áreas, as empresas que recorreram a assistentes digitais nas cadeias de abastecimento conseguiram aumentar em 28% a produtividade nestas áreas.
Na área dos stocks, a IA conseguiu ajudar as empresas inquiridas a reduzir as ruturas de stock, tirando proveito da capacidade de analítica preditiva.
A jornalista viajou para Londres a convite da Oracle.
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