A Foxconn, a principal empresa que assegura a montagem de equipamentos para a Apple, superou as estimativas dos analistas no último trimestre.
A Foxconn – ou Hon Hai, de acordo com o nome oficial na bolsa de Taiwan – apresentou resultados recorde no último trimestre, fortemente impulsionados pela procura acima do esperado pelos equipamentos 5G da Apple.
A empresa, que é a principal fornecedora da tecnológica liderada por Tim Cook, terminou o último trimestre de 2020 com vendas de 25,5 mil milhões de dólares (20,8 mil milhões de euros). As receitas no quarto trimestre ascenderam 2 biliões de dólares de Taiwan, o equivalente a 58 mil milhões de euros, segundo as contas feitas pela Bloomberg, com base nas vendas mensais da Foxconn.
Desta forma, a agência nota que foram superadas as expectativas dos analistas para o quarto trimestre de 2020, que estimavam que a empresa conseguisse chegar aos 1,8 biliões de de dólares de Taiwan em vendas.
A Foxconn é a única empresa que assegura a produção dos topo de gama da Apple, os iPhone 12 Pro e 12 Pro Max. Os analistas apontam que a procura acima do esperado por estes equipamentos, dotados de conetividade 5G, sinalizam uma boa resposta por parte do mercado tecnológico. Caso a economia global comece a dar sinais de recuperação, após o impacto da pandemia de covid-19, os analistas citados pela Bloomberg apontam que a procura por equipamentos como smartphones e wearables da Apple possa crescer significativamente este ano.
O chairman da Foxconn, Young Liu, tem esperança de que 2021 seja um bom ano para o negócio da empresa, esperando que as vendas cresçam a dois dígitos.
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A parceria no setor automóvel
A Foxconn está interessada na diversificação da montagem e produção de equipamentos. Esta semana, sinalizou ao mercado que pretende consolidar a presença no setor automóvel, anunciando que assinou um acordo com a chinesa Byton, fabricante de carros elétricos.
O acordo estipula que a Foxconn disponibilize à Byton “tecnologia avançada de manufatura, experiência na gestão de operação e recursos de linha de produção”, trabalhando para assegurar a produção do modelo M-Byte e a chegada ao mercado chinês em 2022.
A Bloomberg estima que este acordo possa envolver um montante de 200 milhões de dólares (mais de 162 milhões de euros).
O M-Byte foi apresentado em 2018, mas a Byton tem enfrentado dificuldades para conseguir assegurar a produção deste modelo. Em julho, a linha de produção foi mesmo suspensa, devido à covid-19, dando oportunidade à empresa para repensar o negócio.
Atualmente, a Foxconn já disponibiliza alguns componentes para a indústria automóvel, nomeadamente à Tesla.