Sem 5G nem blockbusters, iOS da Apple perde 14,8% em 2019

Novo relatório da IDC indica que domínio do Android vai alargar-se para 87% do mercado mundial este ano.

A já pequena fatia que a Apple detém no mercado mundial de smartphones vai encolher ainda mais até ao final do ano, quando os dispositivos iOS representarem apenas 13% das remessas totais. É uma quebra de 14,8% face ao ano anterior, com apenas 177,9 milhões de iPhones vendidos, segundo o novo relatório da consultora IDC sobre o mercado de smartphones.

Em contraste, os modelos que usam Android vão atingir um volume de 1,193 mil milhões de unidades, uma diferença esmagadora que alargará o domínio do sistema operativo da Google de 85,1% para 87% em 2019. Tudo isto num ano em que as vendas vão continuar a cair pelo terceiro ano consecutivo, desta feita 2,2% para 1,371 mil milhões de smartphones. Mas é a Apple que está a sofrer mais com a contração.

A já pequena fatia que a Apple detém no mercado mundial de smartphones vai encolher ainda mais até ao final do ano, quando os dispositivos iOS representarem apenas 13% das remessas totais. É uma quebra de 14,8% face ao ano anterior, com apenas 177,9 milhões de iPhones vendidos, segundo o novo relatório da consultora IDC sobre o mercado de smartphones.

Em contraste, os modelos que usam Android vão atingir um volume de 1,193 mil milhões de unidades, uma diferença esmagadora que alargará o domínio do sistema operativo da Google de 85,1% para 87% em 2019. Tudo isto num ano em que as vendas vão continuar a cair pelo terceiro ano consecutivo, desta feita 2,2% para 1,371 mil milhões de smartphones. Mas é a Apple que está a sofrer mais com a contração.

Há aqui uma grande condicionante nas vendas, ligada à incerteza económica que varre o globo e a instabilidade em várias partes do mundo. A IDC destaca o impacto da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, com a imposição de tarifas de parte a parte que poderá ter efeitos desastrosos nos produtos tecnológicos, de um modo geral. No entanto, a consultora diz que “chegou um raio de esperança” ao mercado, na forma do 5G.

De facto, segundo os analistas da IDC, o tombo do iOS deve-se não só à maturidade do mercado mas também à ausência de iPhones 5G. Embora a próxima geração móvel ainda esteja nas fases iniciais em vários mercados e aguarde inclusive leilões de espetro na Europa, os consumidores querem investir em smartphones preparados para o futuroE não se espera que a Apple embarque na nova geração até ao final de 2020.

“A antecipação do 5G, começando com smartphones, tem vindo a adensar-se há algum tempo, mas os desafios dentro do mercado de smartphones nos últimos três anos ampliaram essa antecipação”, explica Ryan Reith, vice-presidente da unidade de dispositivos móveis da IDC. “Não achamos que o 5G será o salvador dos smartphones, mas vê-mo-lo como uma evolução crítica na tecnologia móvel”, sublinhou.

A consultora espera que 2020 seja o ano da explosão do 5G, com a remessa de 123,5 milhões de smartphones preparados para a tecnologia, ou 8,9% do total. Esta percentagem crescerá para 28,1% em 2023, segundo as contas do relatório.

Entretanto, o mercado voltará a um crescimento tímido no próximo ano, cerca de 1,6%, depois de cair entre 2017 e 2019. Sangeetika Srivastava, analista sénior da IDC, explica que os consumidores continuam a manter os seus telefones por mais tempo que anteriormente, o que dificulta o aumento das vendas. No entanto, “expectativas de promoções e ofertas agressivas na segunda metade de 2019, com o intuito de escoar inventário e entusiasmar os consumidores quanto à próxima onda de tecnologia móvel, deverá redirecionar o mercado para o crescimento.”

Os modelos Android serão os maiores beneficiários, sendo expectável um aumento do preço médio de venda de 254 para 263 dólares. Quanto à Apple, que esta semana introduz os seus novos iPhones, deverá beneficiar no próximo ano da introdução de modelos 5G. Segundo a IDC, a marca “terá uma vantagem sobre os outros fabricantes, devido a uma melhor compreensão das condições do mercado 5G para um lançamento muito mais planeado.”