União Europeia quer obrigar tecnológicas a acabar com propaganda terrorista

A nova legislação que está a ser preparada terá medidas duras para quem não cumpra de forma rápida as regras.

A União Europeia não está para brincadeiras. Em causa está o terrorismo e para o combater estão a ser preparadas novas regras para forçar as empresa de tecnologia como Facebook e YouTube para apagar propaganda terrorista das suas plataformas em 60 minutos. Se não o fizerem terão de enfrentar multas. O Financial Times indica que a nova legislação está a ser trabalhada pela UE que terá perdido a paciência pela falta de eficácia nas tecnológicas em policiar os seus próprios sites.

O comissão de segurança da UE, Julian King, disse ao Financial Times que Bruxelas não tem visto progresso nesta área e quer tomar “uma posição mais forte para proteger os cidadãos”. “Não nos podemos relaxar neste tema ou tornamo-nos complacentes perante um fenómeno tão destrutivo e de contornos tão negros”, explicou King.

Em março passado já foi aprovada legislação, com a mesma regra dos 60 minutos, para que as empresas apaguem conteúdo terrorista após ter sido denunciado mas era apenas voluntária. Agora a luta vai mesmo envolver multas e é mais ampla e atinge a propaganda que chega a cativar e recrutar muitos jovens europeus para o radicalismo e terrorismo.
Tornar as plataformas online livres de conteúdo terrorista é agora uma prioridade para os governos europeus após uma série de ataques em Paris, Londres e Berlim.

A moderação surge, assim, como um dos problemas especialmente para as empresas online cmo poucos recursos. King disse ao Financial Times que a legislação irá cobrir todos os sites, independentemente do seu tamanho, o que pode ter impacto significativo nas pequenas plataformas. “Se não abrangermos todas as plataformas isto significa que o conteúdo pode nunca ser verdadeiramente apagado, proliferando na internet de plataforma em plataforma”, explicou Julian King.

Para a nova legislação ser aprovada, terá que ter o aval do Parlamento Europeu e da maioria dos estados membros.