Veículo da NASA descobre gás que sugere existência de vida em Marte

Nasa Marte

O rover Curiosity da NASA detectou níveis elevados de gás metano na superfície de Marte, que indicam a possível presença de vida alienígena no Planeta Vermelho.

O robô do veículo da NASA detectou cerca de 21 partes por mil milhões de unidades por volume (ppbv) de metano, que é a maior quantidade já medida durante a missão, de acordo com a agência norte-americana. Os cientistas estão entusiasmados com a descoberta porque a vida de micro-organismos é uma importante fonte de metano na Terra e este pode ser um sinal que micróbios viveram em Marte nos últimos cem anos.

A luz solar e as reações químicas destroem as moléculas de metano em poucos séculos, por isso, qualquer que seja o metano detectado agora terá sido libertado há relativamente pouco tempo. No entanto, o metano também pode ser criado através de processos geológicos, e a Curiosity não possui instrumentos que possam dizer definitivamente qual é a fonte do metano.

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“Com nossas medições atuais, não temos como dizer se a fonte de metano vem da biologia ou da geologia, ou se é antiga ou moderna”, explicou Paul Mahaffy, do Centro Espacial Goddard, da Nasa. O rover Curiosity detectou metano várias vezes ao longo da missão. Os níveis de fundo do gás parecem subir e descer sazonalmente, e os cientistas também notaram picos repentinos de metano.

A NASA vai agora realizar experiências para reunir mais informações sobre o metano, antes de confirmar os resultados. Os cientistas precisam também de tempo para comparar os resultados com o Trace Gas Orbiter, estação da Agência Espacial Europeia, que está em órbita de Marte há mais de um ano e não detectou metano.

“Embora os níveis elevados de metano medidos pela Mars Curiosity sejam entusiasmantes, como possíveis indicadores para a vida, é importante lembrar que este é um dos primeiros resultados científicos”, disse Thomas Zurbuchen, do Diretório da Missão Científica da NASA, em um tweet. “Para manter a integridade científica, a equipa de ciências continuará a analisar os dados antes de confirmar os resultados.”

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