Vestager vai analisar práticas anti-concorrência de ferramenta de emprego da Google

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Depois das queixas de vários sites de emprego, Margrethe Vestager anunciou que vai investigar se existiu algum tipo de favorecimento à plataforma de emprego detida pela Google. 

Este mês, a agência Reuters avançou que 23 sites de emprego enviaram uma carta a Margrethe Vestager, a comissária Europeia para a Concorrência, onde denunciavam uma posição dominante da Google, com a ferramenta de procura de emprego Google Jobs. 

Na altura, os rivais indicaram à Reuters que as práticas da Google eram “ilegais”, uma vez que a gigante da Internet estará a tirar partido da sua posição no mercado para atrair utilizadores para visualizar as vagas. Por seu turno, os sites rivais necessitam de investir mais em marketing para tentar competir com a posição da Google.

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Vestager anunciou esta terça-feira, durante um evento em Berlim, que a Comissão Europeia está atenta às práticas da Alphabet, a empresa-mãe da Google e aos comportamentos em determinadas áreas de negócio, nomeadamente no que à concorrência diz respeito. “Estamos a analisar se a mesma situação [práticas anti-concorrência] aconteceram noutras partes do negócio da Google – como a ferramenta de pesquisa de trabalho, conhecida como Google for Jobs”. 

Ao longo do mandato, que está prestes a terminar, Vestager ficou conhecida pela aplicação de multas às grandes tecnológicas – só à Google, a Comissária já aplicou multas no valor de 8,25 mil milhões de euros. 

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