O Galaxy Tab S6 tanto pisca o olho a quem quer um tablet para dar largas à criatividade como a quem quer trabalhar em qualquer lado. Mas tem este tablet aquilo que é preciso para substituir o portátil em tarefas de trabalho?
Desde que surgiram os primeiros tablets que a discussão é a mesma: é possível funcionar como uma alternativa aos portáteis? Ao longo dos anos, os resultados do mercado foram, de forma gradual, dando a resposta: nem por isso. Segundo dados da IDC, as vendas globais do mercado de tablets continuaram em queda no segundo trimestre deste ano, situando-se nos 32 milhões de unidades. Comparando com o mesmo período do ano passado, trata-se de uma redução de 5%, nota a IDC.
Por seu turno, apesar de contabilizar também os desktop e os Chromebook, o mercado de computadores “tradicionais” apresenta a maior subida desde 2012, mostrando que o público – aparentemente – continua a comprar equipamentos desta categoria.
Neste mercado dos tablets, a Samsung ocupa a segunda posição, com uma quota de mercado na ordem dos 15,2% (dados da IDC). Ainda antes de apresentar o Note 10, a Samsung mostrava ao mundo uma nova aposta de tablet, o Galaxy Tab S6, com uma proposta focada em dois tipos de público: os adeptos das artes e quem quer trabalhar em qualquer lugar, com um equipamento leve.
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A leveza e o facto de ser um tablet bastante fino são pontos positivos na consideração do Tab S6, que conta com um ecrã de 10,5 polegadas, com resolução de 1600 x 2560. Com câmara dupla e a lente grande angular, a experiência de uso de câmara aproxima-se dos smartphone Galaxy – quase como se fosse um Note (ainda) maior.
O facto de a S-Pen ser carregada na traseira do tablet, através de ímans, dá uma ajuda extra, para garantir que não tem um gadget extra a precisar de ser carregado. A caneta tem uma precisão considerável – experimente colorir alguma das mandalas disponíveis na aplicação de desenhos incluída no tablet.
Um meio termo entre portátil e tablet
Para ter a opção mais aproximada de um portátil, há que comprar à parte a capa-teclado, que conta também com um útil trackpad. A ligação entre o equipamento e o teclado é feita através de pinos, na lateral do tablet. Depois disso, o Tab S6 assume um formato próximo de um portátil.
Com 6GB de RAM e 128GB de armazenamento, na versão mais acessível, o Tab S6 permite dividir o ecrã e realizar um conjunto de tarefas ligadas a trabalho, como aceder a ficheiros, tirar notas, escrever documentos de texto ou fazer alterações em ficheiros com a útil S-Pen.
O Tab S6 é um produto interessante, tendo em conta a oferta na área dos tablet Android. O facto de ter câmara dupla (grande angular incluída) são propostas de relevo para um tablet. Ainda assim, é uma melhor aposta para consumo de multimédia – a bateria ajuda se precisar de fazer maratonas de Netflix – do que para produtividade à séria. Nessa área, o conceito de portátil continua a estar alguns pontos à frente nesta “batalha”.
Especificações técnicas:
Dimensões: 244,5 x 159,5 x 5,7 mm
Peso: 420 g
Ecrã: 10,5 polegadas, Super AMOLED, resolução 1600 x 2560, 16:10 (densidade aproximada de ~287 ppi)
Sistema operativo: Android 9
Processador: Qualcomm SDM855 Snapdragon 855
CPU: Octa-core (1×2.84 GHz Kryo 485 & 3×2.42 GHz Kryo 485 & 4×1.78 GHz Kryo 485)
GPU: Adreno 640
Armazenamento e RAM: 128GB, 6GB RAM ou 256GB, 8GB
Câmaras: 13 MP, f/2.0, 26mm (wide) e 5 MP, f/2.2, 12mm (ultrawide); frontal 8 MP
Bateria: 7040 mAh
S-Pen: conectividade Bluetooth, recarregável nas costas do tablet
Preço: 749 euros (versão 128GB) e 829 euros (versão 256GB)
Capa-teclado: 180 euros
(atualização a 18 de outubro para corrigir o link do vídeo pelo correcto)