Os pais não são os únicos preocupados com quanto tempo os adolescentes passam nos telefones e gadgets tecnológicos, refere um novo relatório da Pew Research.
Os adolescentes não estão assim tão alheados das preocupações no que toca ao uso de tecnologia: mais de metade (54%) acha que o tempo que passa a utilizar smartphones é excessivo, diz o relatório. Há também diferenças de género: as raparigas inquiridas tendem a pensar que gastam muito tempo nas redes sociais; já os rapazes acreditam que gastam demasiado tempo com jogos de vídeo.
O relatório agora conhecido retira os resultados de dois questionários feitos em março, nos Estados Unidos: uma inquiriu 750 adolescentes de 13 a 17 anos e a outra foi feita a mais de mil pais.
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Os resultados indicam que alguns comportamentos não tão bons estão a desenvolver-se no que diz respeito ao uso de smartphones, aparelho que é utilizado por 95% dos adolescentes atualmente.
Quase 45% dos adolescentes diz que costuma verificar se têm notificações nos smartphones assim que acordam. Mais de 30% dos adolescentes dizem que às vezes se distraem durante as aulas, porque acabam por estar a dar atenção aos telefones. Além disso, quase metade das raparigas (49%) dessa idade dizem sentir-se ansiosas se não tiverem o smartphone consigo.
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Mas nem tudo é assustador neste estudo, já que também revelou alguma autoconsciência por parte dos adolescentes – alguns deles referem ter até ‘cortado’ no tempo de uso dos smartphones. Há 17% dos adolescentes inquiridos que referem sentir-se felizes e aliviados quando não têm os telefones consigo.
Nas perguntas feitas, a percentagem de jovens que refere passar demasiado pouco tempo com smartphones, redes sociais e jogos é bastante reduzida.
Do lado dos pais, quase dois terços dos pais dizem estar preocupados com o tempo que os filhos passam à frente do ecrã. Tanto que mais de metade dos pais optou por colocar limites à utilização de tecnologia.
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