A Huawei prepara-se para abrir em setembro um centro regional de suporte ao 4G e 5G em Portugal, anunciou Tony Li, CEO da Huawei Portugal, num encontro com jornalistas, esta quinta-feira em Lisboa.
O centro irá funcionar na sede da Huawei, no Parque das Nações, estando a decorrer as obras para acolher o novo espaço, para o qual estão a ser contratados 30 engenheiros, elevando para 150 o número de colaboradores da tecnológica chinesa no país.
O centro irá prestar suporte a optimização de redes 4G e 5G em vários mercados europeus, como Inglaterra ou Alemanha, explicou Samuel Ferreira, responsável da área wireless da Huawei Portugal.
O centro é único nesta aérea especifica a nível europeu e o primeiro da Huawei em Portugal. A empresa não adiantou valores de investimento no mesmo, nem expectativas de crescimento para este ano. “Seguramente iremos crescer”, garante Tony Li.
A empresa desvalorizou o impacto da inclusão da companhia numa lista pela administração Trump, limitando a colaboração de empresas norte-americanas como o Google, na operação em Portugal.
“Depois de duas semanas, recuperamos o nosso desempenho”, adianta Tiago Flores, director da área de consumo da Huawei Portugal. No primeiro semestre a empresa teve um crescimento de 25% na área de consumo. “Iremos continuar a crescer, acima do mercado em Portugal”, frisa, sem precisar valores.
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Em Portugal, a empresa fechou o ano passado com receitas de 235 milhões, uma subida face aos 180 milhões em 2017. “O investimento subiu 40%”, diz Tony Li, referindo-se ao investimento, impostos pagos e compras a fornecedores locais, tendo a empresa tido um impacto económico no país de 159 milhões o ano passado.
Tony Li também desvalorizou o impacto das alegações feitas pelos Estados Unidos de falta de segurança nas redes 5G com equipamento da empresa. “Não sentimos nenhum impacto”, assegura o CEO, referindo-se aos operadores nacionais. A empresa tem parcerias com a Altice e Nos.
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“Se tivéssemos um problema de segurança não teríamos a confiança dos operadores”, reforça Diogo Madeira, diretor de comunicação da empresa. “Não há provas de falta de segurança da Huawei. A nossa porta da frente de casa está sempre aberta, não temos portas escondidas”, diz.
Globalmente a empresa já tem fechados 50 contratos com operadoras em todo o mundo, 28 dos quais na Europa, e 150 mil estações 5G instaladas.