O setor das comunicações eletrónicas em Portugal investiu nos últimos cinco anos mais de cinco mil milhões de euros e representa 2,3% do Produto Interno Bruto e 17.265 empregos diretos, indica um estudo da associação da área.
Este setor nacional tem sido, “desde sempre, reconhecido como estando na vanguarda da inovação tecnológica e do empreendedorismo”, fruto dos elevados níveis de investimento, e da disponibilização aos seus clientes de serviços de “elevada qualidade a preços competitivos”, refere a APRITEL – Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas, no “Retrato Rigoroso do Setor das Comunicações Eletrónicas” no país.
O documento hoje divulgado alude também ao facto de, numa conjuntura adversa que tem a ver com “uma enorme pressão sobre as receitas”, que caíram 20% nos últimos seis anos (entre 2012 e 2018), o setor ter apresentado uma “’performance’ de excelência”.
O nível de investimento tem-se “mantido estável de forma consistente” nos últimos anos, nos 1.000 milhões de euros anualmente, entre 2014 e 2018, apresentando dos rácios de investimento sobre receitas “mais elevados a nível europeu”, sendo que compara “muito bem” em relação às suas congéneres.
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O documento refere ainda que a quantidade de serviços prestados em Portugal registou um crescimento de 22% desde 2009, enquanto o consumo de dados, tanto em redes fixas, como em redes móveis, também aumentou.
Já a taxa de cobertura de banda larga móvel 4G (quarta geração) em 2018, em relação aos lares situou-se nos 99,2% que compara com os 98,9% da União Europeia (UE).
A taxa de penetração dos serviços móveis, segundo o anuário estatístico de 2017 da ANACOM – Autoridade Nacional de Comunicações, citada no documento, posiciona Portugal na quarta posição entre os países da UE, atrás da Suécia, Estónia e Finlândia, e imediatamente à frente da Dinamarca, Itália e Áustria, sendo que a Croácia surge na última posição da lista.
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O documento refere também que o valor médio do serviço equivalente ao pacote 3P, relativo a julho de 2019 e por mês, que engloba três serviços, normalmente televisão, telefone e internet fixa ou, por exemplo, televisão, internet fixa e telemóvel, definido como oferta base com IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado – e aplicação da paridade de poder de compra situava-se em Portugal nos 38,6 euros, segundo um estudo da Deloitt, citado no trabalho.
Assim, o preço de 38,6 euros deste tipo de pacotes compara com um valor de 58,05 euros da média de 11 países da UE (França, Portugal, Alemanha, Áustria, Espanha, Irlanda, Hungria, Estónia, Países Baixos, Reino Unido e Bélgica), só sendo batido pela França onde custa 31,52 euros.
Já o preço médio do serviço equivalente ao pacote 4P nestes países é de 75 euros, quando em Portugal é 59,94 euros, mas na França é de 47,38 euros.
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