O Governo e a Google Portugal assinaram um memorando de entendimento que visa a recuperação económica e a aceleração da transição digital, em que as competências digitais e empregabilidade são as principais áreas previstas no documento.
“A Google Portugal reforçou hoje o seu compromisso com o Governo e os portugueses para apoiar a transição digital e oferecer as ferramentas e a formação que irão ajudar nas competências digitais e na empregabilidade, acelerando a recuperação económica portuguesa”, refere a Google e o Ministério da Economia, numa nota conjunta.
O programa “Gow Portugal With Google” foi apresentado oficialmente esta tarde em Lisboa e está alinhado com as prioridades definidas pelo Governo nas competências digitais, empregabilidade, ‘startups’ e inteligência artificial.
O memorando de entendimento assinado pelo ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, e pelo diretor da Google Portugal, Bernardo Correia, estabelece um conjunto de programas para acelerar a transição digital.
Entre os vários programas constam o relativo a “Empregos na Pesquisa Google'”, disponível a partir de hoje, resultante de uma parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). “Esta experiência já ligou 10 milhões de pessoas a empregos em todo o mundo”, indica o responsável da Google Portugal.
A partir de 6 de outubro, avança o “Atelier Digital”, que visa dar competências no mundo digital. “Desde 2016, mais de 83.000 portugueses foram formados em competências digitais através do Atelier Digital – cursos ‘online’ e presenciais em colaboração com o Conselho Coordenador dos politécnicos portugueses. Agora, a versão presencial do Atelier Digital foi convertido para o ‘online’, numa versão ‘webinar‘ com um total de 10 sessões com 10 politécnicos diferentes”, é indicado em comunicado.
“Este ano, o nosso objetivo é treinar 32.000 portugueses em competências digitais, ou seja 10.000 mais do que em 2019”, é anunciado no memorando conjunto.
A partir de 14 de outubro arranca o “Android Training Program“, programa que agora é alargado para incluir formação em ‘cloud‘ e ‘machine learning‘ [processo pelo qual os computadores desenvolvem o reconhecimento de padrões] e surgem novas parcerias com universidades para eventos ‘online’ com o objtivo de formar mais de 3.000 programadores ao longo de 12 eventos.
No ano passado, a Google, em parceria com 11 instituições de educação, visou formar os portugueses através deste programa, tendo sido realizados 14 eventos, com um total de 2.000 programadores formados.
Está também previsto o lançamento da ferramenta “‘AI for business check-up'”, ou seja, inteligência artificial (IA) dirigida aos negócios, tendo em vista a melhoria da competitividade global.
O lançamento desta ferramenta em Portugal “irá proporcionar às empresas obterem recomendações personalizadas sobre como podem implementar a IA nos seus negócios”. Além disso, “a Google juntou-se à Indico Capital Partners para lançar o programa de aceleração ‘Indico Accelerator Program powered by Google for Startups’. O programa está atualmente a decorrer com o apoio da StartUp Portugal, e terá a sua conclusão em junho de 2021″, é ainda revelado no comunicado.
O programa inclui ‘mentoring‘, formação, ‘masterclasses’, apoio na obtenção de financiamento, recrutamento, segmentação de produto e de consumidores da parte da Google e da Indico.
A Google lançou com a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) “três ‘webinars‘ gratuitos com foco na expansão internacional e como o digital pode ajudar as empresas a escolherem o mercado correto para a expansão internacional”.
Os seis programas “são parte do memorando de entendimento num esforço para apoiar Portugal na sua recuperação económica”.
Em julho, a Google assumiu um novo compromisso de ajudar “10 milhões de pessoas e negócios na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) a encontrar empregos, na digitalização e a crescer”, refere a tecnológica.
António Valadas da Silva, Presidente do IEFP, destacou que esta parceria com a Google vem ajudar o IEFP na experiência de Empregos na Pesquisa. “Passa a ser fácil ter acesso a informação atualizada sobre as ofertas de emprego sem necessidade de entrar no iefponline, só tendo que o fazer caso o utente pretenda candidatar-se à oferta”, explica o responsável.
Transformação digital. Competências sociais e humanas serão mais valorizadas no futuro