AMD dá 35 mil milhões para comprar fabricante de chips Xilinx

AMD, fabricante
A sede da AMD. EPA/JOHN G. MABANGLO

A AMD ofereceu 35 mil milhões de dólares (29,6 mil milhões de euros) para comprar a Xilinx. O negócio permitirá à AMD “crescer rapidamente” na área de data center.

A fabricante de componentes AMD anunciou que irá comprar a Xilinx por 35 mil milhões de dólares (29,6 mil milhões de euros à conversão atual), recorrendo a ações. Os acionistas da Xilinx receberão 1,7234 ações da AMD por cada título que tenham da empresa norte-americana, o que dará um valor próximo dos 143 dólares por ação (cerca de 120 euros).

O anúncio foi feito através de comunicado, com a AMD a indicar que as duas cotadas chegaram a “um acordo definitivo”, em que a junção das companhias “irá criar a empresa líder na área da computação de alta performance”. A nota refere ainda que esta aquisição permite “complementar portefólios”.

A AMD indica que esta compra permitirá capitalizar as oportunidades que surgem em diversos segmentos, desde a área de data center, gaming, PC, comunicações, indústria automóvel, setor industrial, defesa ou mesmo na indústria aeroespacial.

“A nossa compra da Xilinx marca o próximo passo na nossa jornada para estabelecer a AMD como a líder na computação de alta performance e como parceira escolhida para as maiores e mais importantes empresas tecnológicas do mundo”, afirma a presidente e CEO da AMD, Lisa Su, em comunicado.

A junção das empresas fará com que a equipa passe a ter cerca de 13 mil engenheiros e um investimento em investigação e desenvolvimento superior a 2,7 mil milhões de dólares por ano. A liderança da empresa que resulta da combinação das duas companhias estará a cargo de Lisa Su, a CEO da AMD.

Já Victor Peng, presidente e CEO da Xilinx, juntar-se-á à AMD como presidente responsável pelo negócio da Xilix, indica o comunicado. Outros dois diretores da Xilinx também passarão para o quadro de administração da AMD, após a conclusão do negócio.

A AMD espera que o negócio esteja fechado até ao final de 2021. Enquanto não existir conclusão desta aquisição, as duas empresas continuarão a operar no mercado de forma independente.

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