Pode um teclado fazer a diferença no teletrabalho? Fizemos um teste e damos a resposta

Logitech MX Keys

Depois de uma pesquisa cuidada selecionámos um dos teclados mais elogiados a nível mundial e partimos para um teste em teletrabalho. E o Logitech MX Keys surpreendeu, pela positiva.

É um dos temas menos falados por altura de pandemia, mas tem importância na forma como trabalhamos com um computador e na postura que temos – ou seja, também afeta a saúde das nossas costas e a motivação com que encaramos o ato de teclar. 

O teclado é mais antigo do que o rato e, na verdade, alimentou durante décadas as já desaparecidas máquinas de escrever, sem o poder computacional a que estamos hoje acostumados. Até há pouco tempo, era das poucas formas de ter acesso a poder computacional e interagir com um computador – depois vieram os smartphones com ecrãs táteis e os tablets.

Numa altura em que o ensino remoto e o teletrabalho ganham uma força inédita, os espaços para trabalhar em casa ganham outra dimensão e, com a nova tendência, muitos trabalhadores de todo o mundo passaram a pensar como nunca no monitor que usam, no teclado com que passam horas do seu dia a teclar, no rato escolhido ou no computador a usar.

Neste contexto, testar um teclado faz mais sentido do que nunca – repare-se, por exemplo, na polémica que houve em torno do teclado dos MacBook da Apple (eram menos eficazes) há dois anos e que levou a empresa a lançar já este ano teclados alterados. A Logitech é especialista em acessórios e há muito que o seu teclado MX Keys é um dos eleitos de youtubers de tecnologia e especialistas nos EUA. Embora esteja presente na Europa e em Portugal, nem sempre é fácil encontrar todos os produtos da gama Logitech em Portugal.

Testámos o tal MX Keys, uma espécie de teclado premium. O MX Keys custa pouco mais de 100 euros e não é fácil encontrar em Portugal, muito menos com as teclas adaptadas para a língua portuguesa (o que acaba por não ser grande incómodo, pela possibilidade de arranjar autocolantes ou, para quem tem mais hábito de teclar, raramente olha para as teclas). Esse dois factos são, na verdade, o lado mais negativo do teclado da empresa americana. 

De resto, mal olhamos para a caixa do teclado da Logitech temos uma sensação de qualidade e robustez. Ao tirar o teclado lá de dentro, essa mesma ideia vinda do marketing mantém-se. O MX Keys é bem pesado (810 gramas) mas muito fino, sem nunca ter um peso incómodo e tem umas borrachas eficaz por baixo, o que transmite solidez a teclar, com o hardware a não mexer absolutamente nada mesmo quando teclamos mais furiosamente. A solidez mantém-se ao toque graças aos materiais escolhidos, com o teclado de cor cinzenta (grafite) a parecer resistente e duradouro. 

As teclas ao estilo chiclete, são um pouco côncavas para dentro, o que funciona particularmente bem neste modelo que também inclui teclado numérico – por um lado é pena essa parte não ser amovível, caso não a queiramos utilizar.

Tudo isto num teclado que funciona bem tanto em sistema Mac como em Windows – tem teclas duplas a pensar nisso – e ainda permite conetar a três dispositivos diferentes e alternar rapidamente entre eles. Só para dar um exemplo, podemos montar um sistema na secretária onde este teclado, sem nunca sair do sítio, nos permite começar a escrever em Windows – num monitor à nossa frente -, passar de imediato (com um toque num botão no próprio teclado) para um MacBook mesmo ao lado e continuar a escrita e terminar num tablet usando o mesmo setup e o mesmo teclado. Notável. Só é pena não ter um rato que permite transitar assim tão rapidamente entre aparelhos diferentes.

Erros comuns que todos cometem ao usar o teclado

O MX Keys tem várias teclas com funcionalidades várias – desde controlo do brilho do monitor, ao controlo do áudio, passando pela calculadora – e dispensa ainda o uso de fios, tendo para isso um recetor USB incluído ou através da utilização do Bluetooth. O raio de ação de 10 metros também é útil e não se sente qualquer atraso na escrita. Tem depois sensores de proximidade das mãos que ativam a luz de fundo – é retroiluminado – e os sensores de luz ambiente também se ajustam dependendo da luz de fundo. Em vez de pilhas, tem a sua própria bateria recarregável (e vem com botão para o desligar) e uma carga dá facilmente 5 a 10 dias de utilização, dependendo do uso. 

Numa palavra, é um teclado confortável e completo e raro que nos faz perceber a diferença que um bom teclado pode fazer na forma como encaramos o teletrabalho. E, aqui, o conforto faz toda a diferença. Existem vários teclados (e ratos) – também depende depois da secretária usada -, que potenciam dores de costas, de braços ou até das junções dos dedos. E, ao serem pouco confortáveis, trazem maior impaciência e tiram-nos mais vezes o foco no que estamos a fazer. 

A verdade é que estes pormenores fazem diferença. 

Dimensões teclado MX Keys:

  • Altura x Largura x Profundidade:
  • 131,63 mm x 430,2 mm x 20,5 mm
  • Peso: 810 g

Preço: 116 euros

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